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Mensagens

Vais oferecer o primeiro smartphone ao teu filho? Já pensaste escrever um contrato de utilização?

    Ontem publiquei nas stories do Instagram uma foto do contrato de utilização de smartphone que escrevi para a minha filha. Recebi algumas questões e resolvi escrever sobre isso e responder às perguntas que me foram colocadas.  A minha filha recebeu o primeiro telefone aos 11 anos (tem 14). Estava inscrita num curso de verão no conservatório e achamos que era importante ter uma forma de se comunicar connosco em caso de necessidade. O telefone era simples, um dumbphone e foi batizado de iPedra por ela e pelas amigas. :) Há uma semanas o seu telefone morreu e foi altura de avaliar a situação e decidimos que estava preparada para utilizar um smartphone.  Porque achamos que está preparada para receber um smartphone? A utilização do iPedra já tinha regras definidas e a coisa correu bem. Por outro lado provou que já é responsável porque cumpre com as tarefas e responsabilidades que lhe foram sendo atribuídas.  Porquê escrever um contrato? Podemos escrever contratos com os miúdos e usá-los
Mensagens recentes

Educação sexual: como conversar com crianças e adolescentes?

    A expressão "Educação Sexual" pode assustar alguns pais. Isto dá-se porque o despertar para a necessidade de abordar o tema com os filhos é relativamente recente. Era incomum os pais falarem abertamente com os filhos sobre o seu corpo e muito menos sobre a sua sexualidade. Por outro lado o assunto "sexo" continua a ser rodeado de muitos tabús.  A educação sexual é uma necessidade,  é uma forma de proteger os miúdos e deve começar bem cedo. Quão cedo? Desde sempre. A forma como tratamos o bebé, como mostramos respeito pelo seu corpo é uma forma de iniciar essa educação. Uma troca de fralda, um banho podem ser muito mais do que isso. Podem ser oportunidades para lhe irmos ensinando conceitos básicos como respeito, intimidade e consentimento. Esse ensino pode e deve continuar até à adolescência. Ao preparar este post percebi que muitos pais ainda esperam pelo momento ideal para ter a tal conversa . Não existe uma idade certa para iniciar a conversa e nem esta deve

Está a pensar oferecer um telemóvel ao seu filho? Este post é para si.

  Qual a idade certa para pormos um telemóvel nas mãos dos nossos filhos? Um estudo realizado pelo FaqTos em 2017 revelou que a maior parte das crianças recebem o primeiro telemóvel aos 10 anos de idade, o que coincide com a entrada no segundo ciclo do ensino básico e muitos até o recebem de presente por terem transitado do 4º para o 5º ano. Será essa a idade certa? Quais devem ser os critérios de atribuição deste objeto tão cobiçado pelos miúdos?   1. Pensem duas vezes Dar ou não um telemóvel a uma criança deve ser uma decisão muito ponderada porque uma vez que o damos é muito difícil voltar atrás. A primeira questão que devemos colocar é esta: Será que é mesmo necessário? É óbvio que as crianças vão pedir um telemóvel mas isso é muito diferente de precisarem de um. Gordon Neufeld diz e muito bem que "as crianças podem saber o que querem, mas é perigoso supor que elas sabem o que precisam." Porque vamos dar o telemóvel à criança? Porque existe uma necessidade real de se comu

"Como conseguir que os meus filhos (adolescentes) não sejam preguiçosos?"

Há umas semanas abri a caixa de sugestões do meu Instagram e recebi este pedido de uma mãe: "Como conseguir que os meus filhos (adolescentes) não sejam preguiçosos?".  Querida mãe, Posso ser direta? Aqui vai: Não consegues! Nunca encontrarás neste espaço truques para mudar os teus filhos. Mas se o que pretendes é aprender mais e ajudar os teus filhos a tornarem-se jovens responsáveis, felizes e de bem com a vida, conta comigo. Mas preciso que tenhas a noção que tudo começa por ti - mãe ou pai. A mudança começa sempre em ti. Estive uns dias a pensar nesta questão e surgiram-me algumas questões: o que é que chama de preguiça? Será demorarem mais a realizar as tarefas? Será dormirem mais? Será preferir realizar as tarefas noutro horário? Será pouca vontade em colaborar nas tarefas domésticas? Outras questões ainda mais importantes: será que o que deseja mesmo é que os filhos deixem de ser preguiçosos ou será que deseja que os filhos sejam capazes de cuidar dos seus assuntos,

Regresso às aulas em tempos de pandemia.

Ontem fiz um pequeno inquérito no meu instagram a perguntar como os pais se sentiam em relação ao regresso às aulas este ano. 67% dos pais que responderam ao inquérito disseram sentir-se apreensivos com este regresso às aulas. Alguns pais apontaram como causas para este sentimento os intervalos reduzidos, o uso da máscara por parte dos miúdos, a possibilidade de nem todas as famílias terem os mesmos cuidados para prevenir a doença, a possibilidade de contrair a doença, a impossibilidade de os pais entrarem na escola... As informações que recebemos até à data por parte das escolas são incompletas ou mesmo inexistentes e isso não ajuda à preparação dos pais, nem ajuda os pais a prepararem os filhos. As questões são muitas: Como vai funcionar a escola? As turmas vão ser divididas? Quanto tempo de intervalo vão ter? Vão poder brincar com os amigos? Podem retirar a máscara nos espaços exteriores? Será que vamos poder levá-los à sala pelo menos no primeiro dia? Como está a ser pensada a limp

Colocar limites na adolescência!

  Maria, de 16 anos, sai do quarto, dirige-se à cozinha e pergunta o que é o jantar. A mãe responde: "Ainda não está pronto. Já desenrasco qualquer coisa." A Maria, com maus modos, diz que tem fome, que o jantar já deveria estar pronto e ordena que se encomende qualquer coisa. A mãe, incrédula, pede-lhe que se acalme, que veja um pouco de TV e informa que o jantar estará pronto em breve. Nos últimos meses tenho recebido algumas mensagens de pais que não sabem como lidar com este tipo de comportamento dos filhos, Em muitos casos, filhos com mais de 18 anos, que segundo os pais, exigem e fazem "birras" como crianças pequenas.  A maior parte destes pais, apesar de não considerar o comportamento adequado, arranjam algum tipo de desculpa para os filhos. Alguns justificam o comportamento porque os filhos os filhos andam stressados com alguma coisa. Outros sentem-se culpados, dizem que falharam como pais em alguma altura do processo educativo. Outros questionam se não será

Vamos falar de gratidão?

(Construção e foto da minha filha) O dicionário Priberam define gratidão como "o sentimento de lembrança e agradecimento por um bem recebido." Têm visto muitos #gratidao pelas redes sociais, não têm? É verdade, parece que o tema gratidão está na moda. Mas ao contrário de tantas modas que por aí andam gostava que esta ficasse entre nós.   Muitos estudos científicos estabelecem uma ligação entre a gratidão e a felicidade. A Harvard Mental Health Letter afirma que a gratidão ajuda as pessoas a serem mais positivas, a aproveitar os bons momentos da vida, a lidar melhor com os problemas e a construir relacionamentos mais fortes. Só coisas boas, não concordas?  A mesma revista sugere algumas formas de praticar a gratidão e deixo aqui algumas: - Escreve um bilhete de agradecimento a alguém;   - Agradecer mentalmente a alguém;   - Orar (para quem acredita em Deus, claro);  - Escrever num caderno da gratidão coisas pelas quais estamos gratos. A ideia é escrever todas as semanas 3 a 5